quarta-feira, 31 de março de 2010

Movida pela necessidade e pelo desejo de alçar maiores vôos, de investir na minha formação profissional, partir da terra natal levando apenas parte de mim. No coração o vazio, na razão a busca pelo novo. Surpresa sentir quando de regresso, uma emoçao indescritível me envolvendo, o velho nunca deixou de ser novo, o que muda é a forma de olhar, sentir. E uma PAZ me invande, finco chão e me sinto abraçada, acalentada.
Essa é a sensação de outros tantos filhos como Carlos Tacaratu quando declama "Terra Natal"

Eu quero voltar pra casa-

Esta vontade não cessa...

Sou como a ave sem asa

Que quebra a asa na pressa.

Eu quero sentir meu ninho-

Aquele suor na testa...

A fêmea do passarinho

Cantando e fazendo festa.

Pra mim saudade é doença

Que persevera na alma

Enquanto aguarda a sentença.

Eu preciso desta asa,

Pra rebentar esse trauma...

Eu quero voltar pra casa!...

terça-feira, 23 de março de 2010

Janela Reflexiva

De segunda a sexta-feira, me desloco da minha residência e enfrento quatro ônibus para cumprir a minha jornada de trabalho e acompanho o frenético entrar e sair de pessoas apressadas, inpacientes, de cara fechada e me pergunto o porquê de tanta pressa, de tanto stress, de tanta infelicidade, já que estão sendo abençoadas por mais um dia; se a vida não precisa de pressa, mas de ser vivida; da necessidade do sorriso para iluminar corações. Olho pela janela e me encanto a cada manhã mesmo olhando as mesmas coisas, mas com olhar diferente e procuro descobrir a beleza contida em cada canto, muitas vezes aparentemente disfarçada para testar o meu olhar mais atento. A janela nos convida a não deixar que a indiferença guie nossos sentimentos, que o egoísmo paralise a nossa capacidade de estender a mão, que o orgulho nos aprisione no casulo covarde de não assumirmos as nossas próprias fraquezas, que a prepotência disfarce a nosso medo. Vamos olhar pela janela e nos encharcar das belezas que o Pai nos presenteia a cada novo dia.

sábado, 20 de março de 2010

PACIÊNCIA QUE TE QUERO


De M.J.RYAN
Por Sinezia Toscano

A paciência nos dá autocontrole, capacidade para parar e usufruir mais plenamente o momento presente. A partir daí, nos tornamos capazes de fazer escolhas sábias.
A paciência também nos proporciona paz de espírito. Quando a cultivamos, nosso estado interior se assemelha mais a um lago tranquilo do que a um rio turbulento.
A paciência é como a quilha de um barco: ela nos permite manter a estabilidade nos mares revoltos da vida enquanto continuamos a nos mover na direção que desejamos.
Com a paciência, inudamos de esperança a escuridão da espera para que um dia o desejo de nossos corações, se realize plenamente.
Ela ajuda a tolerar as diferenças entre você e todas as outras pessoas que cruzam o seu caminho.
Essa capacidade de esperar com esperança, entregando-se nas mãos de Deus ou do universo, é o que chamamos de receptividade. Segundo Yvonne Rand a intenção de cultivar a paciência jáé meia conquista. Está esperando o quê? comece já, porque o futuro é agora.

Filha Abençoada

Em 1975 fui abençoada com a chegada de GABRIELA, que vinha com a missão de me transformar como pessoa além de realizar o meu sonho de ser mãe. Cresceu ao meu lado serelepe, vivaz e com um especial carinho pelos oprimidos e deserdados da sociedade. Tornou-se minha grande companheira, amiga presente, revelando logo cedo uma maturidade incomum a sua faixa de idade. Sua trajetória na terra tinha uma especial missão que ela aceitou sem questionar. Aos 7 anos de idade foi detectado um cancer no mediastino e logo iniciou o tratamento redentor. Jamais reclamou do que quer que seja, viagens, medicamentos, constantes reações físicas e por fim a cegueira. Partiu consciente do dever cumprido aos 9 anos em 1995.
Me deixou uma herança incalculável: aprendi a ser melhor, a rever meus conceitos, a valorizar as pequenas coisas, a compreender os propósitos divinos, que quando nos depararamos com a dor, estamos tendo a opotunidade única e priivlegiada de descobrir recursos internos ignorados. Ela nos mostra, que somos melhores de que sabemos. E a partir do momento que plantei a minha dor no campo da fé, da esperança, certa de que tenho um Pai que me ama incondicionalmente, tornei-me uma pessoa feliz.